Bueno Tchê

Bueno tchê, puxe um cepo e proseie... que a roda tá feita e o mate tá ajojado...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Quando me olhares...

Esta noite eu olhei e vi
A imagem mais linda
Que o campo trouxe pra mim,
Vi com olhos de calma
Com outro jeito de ver,
Olhar de alma e de noite
De paz, luz e luar,
Eu vi com olhos de vida
O que a vida tem pra me dar...

As nuvens, tal qual um manto
Bordado por sobre a paz
Que habita a vida no campo
E a tua lembrança me traz
Relíquias de pontezuelas
Num céu pontilhado de estrelas
Com aroma de jardim,
É assim que vi a vida
E o que ela guarda pra mim...

A copa daquele arvoredo
Desvendou-me os segredos
Que tu guardavas enfim;
Sem saber que na silhueta
Sombreada de madrugada
Refletia nas aguadas
Dos espelhos dos teus olhos...

Me olhavas e não me vias
Desse par de olhos escuros;
O que era pra enxergar
Ficava bem lá...no futuro;

Busquei em cada fragrância
Que só o campo produz;
Embriaguei-me de luz
E do cheiro da maçanilha,
Do palheiro a figuerilha
Pra nossa vida na estância.

Habitei-me em ti
Para sonhar-te em mim
E entendi com alegria
Que a vida é poesia
Se for vivida assim...

Por isso quando me olhares
Não olhes com olhos pra perto...
Olhes pra além dos confins,
Olhes com olhos de alma...
Olhes pra dentro de mim!

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