Bueno Tchê

Bueno tchê, puxe um cepo e proseie... que a roda tá feita e o mate tá ajojado...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A árvore dos amigos!!!

Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles. O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem. Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz... Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então e chamado de amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés. Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto. Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra.

O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas.

Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam com o nosso caminho.

Desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade...

Hoje e Sempre... simplesmente porque: "Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso".

Mentira...

"...Quando o assunto é mentira, murcham as flores da alma, secam todas as vertentes no desespero das pétalas. Quando a mentira aparece ficam pálidas as palavras, na covardia da voz, entristecendo verdades..." Pedro Júnior da Fontoura

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Perdoa Morena...

Perdoa morena, se a vida me leva a muitos lugares distantes daqui
Perdoa se um dia, jurei-te as estrelas e hoje me encontro, bem longe de ti Perdoa morena, se um sonho, uma leva toreia esta sina de andar e buscar Perdoa os enganos e espinhos na estrada de um triste que sabe, somente sonhar... somente sonhar... Perdoa linda, se o meu mate já lavado lembra as lagoas dos teu olhos altaneiros Perdoa o gosto amargo que tenho nos lábios lembrando os beijos dos teus lábios feiticeiros Perdoa linda se esqueci pelas lonjuras as muita juras e amor que ofereci Perdoa e sente que cruzando corredores entendo o mundo que já tive, que perdi... Perdoa morena, se o pó do caminho calou no meu peito, na sina de andar Perdoa se parto a procura de um sonho no vício tristonho, de ir sem voltar..... de ir sem voltar..... Perdoa linda, se aprendi pelas estradas as muitas dores e esperanças que elas têm Perdoa ainda, a solidão dos cruzadores porque de dores e esperanças sabem bem Perdoa linda, se essa angústia me consome e uma vertente brota em meus olhos, enfim... Perdoa as águas de tristeza e ansiedade e esta saudade que toma conta de mim... conta de mim...

Sanga, Pitanga.... Sábia!

Não fales que o som da tua voz me enternece E só o que eu não quero agora é ternura Enquanto durar esta ausência me esquece Que a vida é a vingança que a gente padece Ou cura ferindo, ou mata na cura

Eu hoje só quero sem mágoa nem zanga O canto perdido daquele sabiá Que em pleno novembro buscava a pitanga E um dia sumiu numa curva da sanga Fazendo correr o meu choro de piá

Há tantos invernos carrego um segredo Que morro de medo, de angústia, sei lá De ver a esperança voar campo afora E um dia cansada de tanta demora Desaparecer como aquele sabiá

Por isso não ouse surgir de repente Não sejas presente, que ausência é meu chão Pois eu sou um daqueles que a vida inclemente Maltrata e devora, e depois simplesmente Vai ver que era feito de alma e canção